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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Despesas pressionam bilhete aéreo de curta antecedência

Companhias estão tendo despesas maiores em decorrência do maior custo do combustíveis e do câmbio mais desfavorável                                                                     

Avião da TAM decolando no aeroporto de Congonhas, em São Paulo

Avião da TAM decolando em Congonhas: bilhete para voo doméstico adquirido com sete dias de antecedência custava US$ 0,14/Km em março, valor cerca de 16% maior que em outubro

São Paulo - O aumento das despesas das empresas aéreas em decorrência do maior custo do combustíveis e do câmbio mais desfavorável pressionou o preço das passagens domésticas, especialmente para bilhetes adquiridos poucos dias antes da viagem.
Mas nas compras com maior antecedência, de 14 a 21 dias, os preços até recuaram em março, na comparação com outubro. Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que também apontou que as viagens domésticas estão mais baratas no Brasil do que nos Estados Unidos, em dólares por quilômetros, para voos entre cidades com distância aproximada de 1 mil quilômetros.
De acordo com o estudo, um bilhete aéreo para voo doméstico no Brasil com distância aproximada de 1 mil km adquirido com sete dias de antecedência custava US$ 0,14/Km em março, valor cerca de 16% acima do verificado em outubro passado, quando estava em US$ 0,12/km.
Para as compras feitas 14 dias antes da viagem, houve estabilidade, com bilhetes a US$ 0,09/km em ambos os meses estudados. Bilhetes adquiridos com 21 dias de antecedência apresentaram redução de 30% no valor, passando de US$ 0,13/km para US$ 0,09/km.
O consultor técnico da Abear Maurício Emboaba, responsável pelo estudo, explicou que a alta observada nas compras de curto prazo podem ser atribuídas especialmente aos custos mais elevados, seja em decorrência da alta do dólar frente o real - já que cerca de 60% dos custos das aéreas são denominados em dólares - seja por causa do preço do combustível.
"As tarifas para sete dias de antecedência espelham o aumento de custos do setor, porque essas compras são feitas em sua maioria por pessoas jurídicas, que são menos sensíveis a preços que as pessoas físicas", disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Ao comentar sobre o equilíbrio dos preços para as compras de maior antecedência entre outubro e março, o consultor destacou a comparação com os preços dos bilhetes aéreos domésticos nos Estados Unidos para trechos com os mesmos 1 mil quilômetros. Nos EUA, os preços chegaram a triplicar no mesmo período.

Conforme o levantamento da Abear, o preço da passagem aérea era de cerca de US$ 0,30/Km em março para as compras feitas com antecedência de 14 dias e de US$ 0,28/Km se o bilhete fosse adquirido 21 dias antes da data da partida.
Para compras com apenas uma semana de antecedência, o valor é de US$ 0,29/Km. Em outubro do ano passado, os valores eram de US$ 0,10/km (nas compras 14 dias de antecedência), US$ 0,09/Km (21 dias) e US$ 0,12/km (7 dias), similares aos observados no Brasil.
Emboaba explicou que o aumento de preços das passagens nos EUA é reflexo da recuperação econômica pela qual o país vem passando. "Com a economia voltando a se aquecer, quem vai viajar acaba pagando mais caro, mesmo comprando com antecedência. Mas isso deve ser entendido como uma situação característica daquele mercado", disse, explicando que no mercado norte-americano a participação dos passageiros que viajam a negócios é menor que no Brasil e a taxa de ocupação das aeronaves é maior, por isso as flutuações de preços têm uma dinâmica diferente.

Fonte: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/despesas-pressionam-bilhete-aereo-de-curta-antecedencia

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